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Nem miau nem auau – a dura vida dos cães e gatos de máscara durante a pandemia de gripe espanhola


Doenças, surtos e epidemias são relativamente frequentes ao longo da história e têm a ver com a maneira como as sociedades humanas interagem, povoam e transformam o meio ambiente em que estão inseridas. Dentre as epidemias mais devastadoras de todos os tempos está a “gripe espanhola”, uma variante do vírus influenza, que entre 1918 e 1920 matou cerca de 50 milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo oficialmente 35 mil aqui no Brasil, incluindo o presidente da república Rodrigues Alves, que faleceu em 16 de janeiro de 1919 antes de tomar posse para seu segundo mandato.



(imagem: A primeira página da Gazeta de Notícias mostra o caos no Rio de Janeiro dominado pela gripe espanhola - Biblioteca Nacional. Disponível em https://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/saude/5331-gripe-espanhola.html)



Ela surgiu quando ainda estava acontecendo a I Guerra Mundial (1914-1918) e foi sendo espalhada mundo afora pelos soldados nos campos de batalha e pelas pessoas que fugiam da Guerra, amontoadas em navios transatlânticos minúsculos para padrões atuais. Na época, não se sabia exatamente como se prevenir nem como tratar a doença. Não havia certeza sobre as formas de contágio e os antibióticos ainda não tinham sido inventados para tratamento da pneumonia que ela causava. Assim, a maioria dos países adotou medidas de isolamento social, quarentenas, e tornou obrigatório o uso de máscaras, nada muito diferente do que tem sido feito atualmente para frear o avanço da COVID-19.



Em tempos de novo coronavírus os paralelos com a gripe espanhola são inevitáveis, assim fotos e notícias da pandemia do século passado voltaram a circular pelas redes sociais. Porém, uma fotografia que me chamou muita atenção foi a de uma família inteira de máscara, inclusive, acredite se quiser: Um gato! Fiquei matuto com aquilo e fui checar se não era montagem, fake News, e pra minha surpresa isto aconteceu mesmo, pois médicos da época trabalhavam com a possibilidade de que animais domésticos pudessem se contaminar e serem vetores da doença. Se pra gente já está ruim, imagina só que sofrimento para catioros e gatinhos aquelas máscaras tampando todo seu focinho... Assim ficava difícil fazer miau e auau.

Ah, antes de encerrar, preciso te dizer algo muito importante: Não há absolutamente nenhuma evidência científica de que nossos amados animais de estimação possam se contaminar com o novo coronavírus que transformou totalmente a nossa vida. Portanto, você precisa usar máscara, seu pet não. Ok?!







REFERÊNCIAS:




 
 
 

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